O Conselho Autárquico de Quelimane, na província da Zambézia, iniciou, na noite de terça-feira, um processo de demolição das barracas construídas ao longo das avenidas 1 de Julho e da Liberdade. Mais de 600 infra-estruturas serão demolidas e os vendedores serão orientados para os mercados.
A destruição ocorre depois de um aviso prévio de 90 dias e a intenção era permitir que os comerciantes removessem as suas infra-estruturas de forma voluntária.
Terminado esse processo, esperava-se que os comerciantes passassem a exercer as suas actividades nos mercados devidamente indicados pelo Conselho Autárquico de Quelimane, segundo o vereador das Actividades Económicas, Joel Amaral.
Porque houve quem não seguiu a orientação, na noite de terça-feira, uma equipa conjunta da própria edilidade – Actividades Económicas, Fiscalização e Polícia Municipal – iniciou a demolição das barracas cujos proprietários não as retiraram voluntariamente no período estabelecido.
Alguns comerciantes manifestaram insatisfação com a medida do município, alegadamente porque nem todos receberam espaços apropriados para a instalação das suas barracas.
“Não temos outra opção senão partir para esta decisão” de demolição, disse Joel Amaral.
Segundo o vereador, os munícipes devem obedecer a postura camarária e respeitar os critérios recomendados pela edilidade para erguer barracas destinadas ao comércio.
A Avenida 1 de Julho, via que dá acesso ao famoso bairro Chuabo Dembe, está limpa, os peões circulam sem perigo e o trânsito de veículos flui. Há muito tempo não se via uma imagem igual na via.
Adelino Paulo, chefe dos comerciantes do mercado Feira das Actividades Económicas da Zambézia (FAEZ), considerou louvável a medida tomada pela edilidade.
De acordo com ele, os comerciantes que se encontravam ao longo da Avenida 1 de Julho obstruíam a vala de drenagem das águas pluviais com o lixo. Agora, eles vão ocupar os espaços vagos no interior dos mercados.
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